quinta-feira, 7 de março de 2013

BB LUCRA, MAS GESTÃO PÕE EM RISCO O FUTURO



Os funcionários do Banco do Brasil e suas entidades representativas vêm a público, aos representantes do povo e às autoridades governamentais denunciar um conjunto de problemas causados pela administração do maior banco do país. E defendem uma correção de rumo para que seus funcionários e o governo federal sigam ajudando o Brasil a crescer e a se desenvolver com crédito adequado e sustentável e com respeito aos trabalhadores e às leis vigentes. Os principais problemas causados pela atual direção do BB são os seguintes:
BB não cumpre jornada e gera passivo trabalhista gigantesco
O banco criou nos últimos anos grande passivo trabalhista por descumprir a jornada legal dos bancários. Depois de várias campanhas e ações na justiça exigindo a 7ª e 8ª horas, o BB implantou unilateralmente em 2013 um Plano de Funções, desrespeitando até o MTE, que, em audiência de conciliação em dezembro de 2012, sugeriu que a empresa negociasse com a representação sindical, a exemplo de outras empresas públicas. Os sindicatos e os especialistas em direitos trabalhistas avaliam que o novo Plano de Funções trará aumento no passivo do banco ao invés de reduzi-lo. A revolta do funcionalismo ocorre em todos os locais de trabalho do país.
BB discrimina
Os bancários oriundos de bancos incorporados (BEP, Besc e Nossa Caixa) não têm direito ao plano de saúde (Cassi) e ao plano de previdência complementar (Previ). Trabalhadores do mesmo banco, sob o mesmo regulamento e trabalhando lado a lado, com direitos distintos.
BB não cumpre acordos
A Diretoria de Gestão de Pessoas (Dipes) não cumpre a palavra do banco nas mesas de negociação coletiva com a representação dos trabalhadores. Chegou-se ao absurdo de a representação do banco fazer acordo com as entidades sindicais em 2012 e a Dipes se recusar
ou atrasar a implantação do que foi negociado. O Banco do Brasil descumpre até mesmo a orientação da Fenaban, que exige que os bancos
cumpram rigorosamente a Convenção Coletiva de Trabalho e aditivos.
BB não respeita o governo e tem prejuízos com terceirização
Mesmo depois de o governo federal implantar uma política nacional de desterceirização nas empresas públicas e autarquias, o Banco do Brasil desafia a diretriz e mente ao TCU, dizendo que não tem terceirização. No entanto, a interposição fraudulenta de mão de obra e outras formas de terceirização trazem constantemente prejuízos ao BB com condenações que chegam a centenas de milhares de reais.
BB das condenações por assédio moral
O Banco do Brasil também é constantemente condenado na Justiça pela prática do assédio moral em várias regiões do país. O assédio moral
é sistêmico na empresa, resultado das metas abusivas por vendas de produtos financeiros impostas unilateralmente pela cúpula e cumpridas pelos administradores nas agências e departamentos com emprego da violência organizacional.Federações e Sindicatos
BB não contribui para o sorriso do funcionalismo
Na campanha nacional dos bancários de 2008,o BB se comprometeu a implantar sem ônus aos funcionários Plano Odontológico na Cassi até junho do ano de 2009. O banco gastou dois anos para cumprir pela metade a proposta de campanha, porque, em vez de a Cassi implantar um plano próprio, criou a BB Dental/Odontoprev, tão ruim que o banco gasta dinheiro com ele e os trabalhadores não conseguem utilizá-lo até hoje.
BB se apropria de patrimônio dos funcionários na Previ
O Banco do Brasil vem nos últimos anos fazendo apropriações contábeis sobre compromissos com a Previ de forma temerosa. O banco aumenta com isso o resultado em seus balanços usando valores que não constam do balanço da Previ. Além disso, um dos motivos da temeridade de tal apropriação é o fato de uma parte substancial dos recursos estarem relacionados às oscilações da Bolsa de Valores e do mercado de capitais.
BB e o custo do crédito
O programa BOMPRATODOS deveria ser um compromisso do governo federal com o povo brasileiro. No entanto, a direção do banco desvirtua o objetivo da presidenta Dilma Rousseff e aumenta as tarifas em valores três vezes maiores que a inflação. Logo na implantação, o banco aumentou as tarifas por operações de crédito que extorquiam os clientes, principalmente das classes C, D e E. O banco procura focar o crédito fazendo como o mercado financeiro americano fez antes da crise do subprime, onde o refinanciamento dos próprios carros e imóveis criou uma falsa ilusão de renda não existente, endividando a população com foco
mais no crédito de consumo do que no crédito ao
investimento e à produção.
BB descumpre lei que democratiza gestão
O governo Lula sancionou em 2010 a
lei aprovada pelo Congresso (nº 12.353)
determinando que as empresas públicas devem
eleger para seus conselhos de administração um
representante dos trabalhadores. Mas o BB vem
descumprindo a lei há três anos.
BB da demissão imotivada
O governo Lula assumiu compromisso com o movimento sindical no início de 2003 de que não haveria mais demissões nas empresas públicas sem a legítima defesa dos trabalhadores concursados. A promessa foi cumprida até dezembro de 2010. Desde então, a atual Gestão de Pessoas do BB voltou a demitir trabalhadores por ato de gestão, sem processos administrativos que garantam a ampla defesa do funcionário. Por tudo isso, pedimos interferência e gestão do governo e dos representantes do Congresso Nacional para a solução dos graves problemas apresentados no Banco do Brasil.

CONTRAFCUT


SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE ITAPERUNA E REGIÃO

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