Os funcionários do Banco do
Brasil e suas entidades representativas vêm a público, aos representantes do
povo e às autoridades governamentais denunciar um conjunto de problemas
causados pela administração do maior banco do país. E defendem uma correção de
rumo para que seus funcionários e o governo federal sigam ajudando o Brasil a
crescer e a se desenvolver com crédito adequado e sustentável e com respeito
aos trabalhadores e às leis vigentes. Os principais problemas causados pela
atual direção do BB são os seguintes:
BB não cumpre jornada e
gera passivo trabalhista gigantesco
O banco criou nos últimos
anos grande passivo trabalhista por descumprir a jornada legal dos bancários.
Depois de várias campanhas e ações na justiça exigindo a 7ª e 8ª horas, o BB
implantou unilateralmente em 2013 um Plano de Funções, desrespeitando até o
MTE, que, em audiência de conciliação em dezembro de 2012, sugeriu que a empresa
negociasse com a representação sindical, a exemplo de outras empresas públicas.
Os sindicatos e os especialistas em direitos trabalhistas avaliam que o novo
Plano de Funções trará aumento no passivo do banco ao invés de reduzi-lo. A
revolta do funcionalismo ocorre em todos os locais de trabalho do país.
BB discrimina
Os bancários oriundos de
bancos incorporados (BEP, Besc e Nossa Caixa) não têm direito ao plano de saúde
(Cassi) e ao plano de previdência complementar (Previ). Trabalhadores do mesmo banco,
sob o mesmo regulamento e trabalhando lado a lado, com direitos distintos.
BB não cumpre acordos
A Diretoria de Gestão de
Pessoas (Dipes) não cumpre a palavra do banco nas mesas de negociação coletiva
com a representação dos trabalhadores. Chegou-se ao absurdo de a representação
do banco fazer acordo com as entidades sindicais em 2012 e a Dipes se recusar
ou atrasar a implantação do
que foi negociado. O Banco do Brasil descumpre até mesmo a orientação da
Fenaban, que exige que os bancos
cumpram rigorosamente a
Convenção Coletiva de Trabalho e aditivos.
BB não respeita o
governo e tem prejuízos com terceirização
Mesmo depois de o governo
federal implantar uma política nacional de desterceirização nas empresas
públicas e autarquias, o Banco do Brasil desafia a diretriz e mente ao TCU,
dizendo que não tem terceirização. No entanto, a interposição fraudulenta de
mão de obra e outras formas de terceirização trazem constantemente prejuízos ao
BB com condenações que chegam a centenas de milhares de reais.
BB das condenações por
assédio moral
O Banco do Brasil também é
constantemente condenado na Justiça pela prática do assédio moral em várias
regiões do país. O assédio moral
é sistêmico na empresa,
resultado das metas abusivas por vendas de produtos financeiros impostas
unilateralmente pela cúpula e cumpridas pelos administradores nas agências e
departamentos com emprego da violência organizacional.Federações e Sindicatos
BB não contribui para o
sorriso do funcionalismo
Na campanha nacional dos
bancários de 2008,o BB se comprometeu a implantar sem ônus aos funcionários
Plano Odontológico na Cassi até junho do ano de 2009. O banco gastou dois anos
para cumprir pela metade a proposta de campanha, porque, em vez de a Cassi
implantar um plano próprio, criou a BB Dental/Odontoprev, tão ruim que o banco
gasta dinheiro com ele e os trabalhadores não conseguem utilizá-lo até hoje.
BB se apropria de
patrimônio dos funcionários na Previ
O Banco do Brasil vem nos
últimos anos fazendo apropriações contábeis sobre compromissos com a Previ de
forma temerosa. O banco aumenta com isso o resultado em seus balanços usando
valores que não constam do balanço da Previ. Além disso, um dos motivos da
temeridade de tal apropriação é o fato de uma parte substancial dos recursos
estarem relacionados às oscilações da Bolsa de Valores e do mercado de
capitais.
BB e o custo do crédito
O programa BOMPRATODOS
deveria ser um compromisso do governo federal com o povo brasileiro. No
entanto, a direção do banco desvirtua o objetivo da presidenta Dilma Rousseff e
aumenta as tarifas em valores três vezes maiores que a inflação. Logo na
implantação, o banco aumentou as tarifas por operações de crédito que
extorquiam os clientes, principalmente das classes C, D e E. O banco procura
focar o crédito fazendo como o mercado financeiro americano fez antes da crise do
subprime, onde o refinanciamento dos próprios carros e imóveis criou uma falsa
ilusão de renda não existente, endividando a população com foco
mais no crédito de consumo
do que no crédito ao
investimento e à produção.
BB descumpre lei que democratiza
gestão
O governo Lula sancionou em
2010 a
lei aprovada pelo Congresso
(nº 12.353)
determinando que as
empresas públicas devem
eleger para seus conselhos
de administração um
representante dos
trabalhadores. Mas o BB vem
descumprindo a lei há três
anos.
BB da demissão imotivada
O governo Lula assumiu
compromisso com o movimento sindical no início de 2003 de que não haveria mais
demissões nas empresas públicas sem a legítima defesa dos trabalhadores
concursados. A promessa foi cumprida até dezembro de 2010. Desde então, a atual
Gestão de Pessoas do BB voltou a demitir trabalhadores por ato de gestão, sem
processos administrativos que garantam a ampla defesa do funcionário. Por tudo
isso, pedimos interferência e gestão do governo e dos representantes do
Congresso Nacional para a solução dos graves problemas apresentados no Banco do
Brasil.
CONTRAFCUT
SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE ITAPERUNA E REGIÃO
CONTRAFCUT
SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE ITAPERUNA E REGIÃO
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