Último
dia de posses no TAO Especial resulta em perda de cargos e de até 70% nos
salários
Na quarta-feira (1) os funcionários do BB viram se concretizarem
as seríssimas consequências do processo de reestruturação feito pelo banco no
final do ano passado. Foi o último dia de posses no TAO Especial-, sistema que
foi criado para inscrições e seleção aos cargos que ficarem vagos em função de
aposentadoria incentivada e para realocação dos funcionários que tiveram seus
cargos extintos ou reduzidos, devido ao fechamento de centros de serviço e
agências. O resultado foi desastroso, com centenas de casos de
descomissionamentos, de reenquadramento como escriturários, em alguns casos,
redução de até 70% do salário, além de forte comoção entre o
funcionalismo.
Como já havia sido denunciado, o plano de aposentadoria e as
realocações não acomodariam todos os comissionados atingidos, uma vez que
haviam funções extintas e haveriam desligamentos em locais que foram pouco
atingidos pelo plano de reestruturação, que afetou mais de 9 mil
funcionários.
Muitos bancários se manifestaram nas redes sociais, indignados com
os cortes abruptos nos salários e também pelo sofrimento imposto a eles
próprios a aos colegas: São pais e mães de família que não terão como arcar com
seus aluguéis, estudantes que não terão como pagar a faculdade. Um impacto
terrível, o maior ataque em décadas ao funcionalismo do BB.
Será feita uma denúncia na segunda reunião com Ministério Público
do Trabalho, marcada para a próxima terça-feira (7) em Brasília: O banco ficou
de apresentar nesta reunião a conclusão sobre os números e os impactos da
reestruturação, vamos denunciar o descomissionamento em massa e propor uma Ação
Civil Pública para garantir os direitos de todos os que foram prejudicados.
Os departamentos jurídicos de sindicatos e federações estarão
recebendo orientações sobre possíveis medidas para defender os trabalhadores
afetados pelas realocações e pelos descomissionamentos. Os bancários do BB vão
continuar mobilizados, não vão descansar um só segundo na defesa destes
trabalhadores, que ajudaram a construir a grandeza do banco e recebem como paga
um tratamento arbitrário e desrespeitoso.
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