A Superintendência-Geral do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou ao Tribunal do órgão a
aprovação da compra do HSBC Brasil pelo Bradesco, desde que os bancos assinem
acordo em controle de concentrações proposto pelas instituições financeiras.
O órgão de defesa da concorrência já
havia afirmado que o negócio era "complexo", apontando a necessidade
de se analisar "de forma cuidadosa" eventual tendência de aumento de
preços para os consumidores por conta do negócio.

Assim, a Superintendência optou por
negociar com os bancos medidas "comportamentais que possam garantir maior
nível de bem estar para os consumidores e promover algum incremento de
competição no mercado", segundo o parecer.
O acordo para aprovação do negócio
deve ser assinado entre o Cade e o Bradesco, tendo o HSBC como interveniente.
Ele envolve medidas agrupadas em quatro eixos: comunicação e transparência,
treinamentos dos servidores bancários, indicadores de qualidade dos serviços e
compliance.
O Bradesco terá que comprometer-se a
implementar 16 medidas para eliminar preocupações concorrenciais encontradas
pelo Cade dentro desses quatro eixos.
A recomendação ao Tribunal do Cade foi publicada em despacho nesta
segunda-feira no Diário Oficial da União, no qual a Superintendência-Geral
também ofereceu impugnação do negócio ao Tribunal do órgão.
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