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iversas vezes, somos julgados por
clientes que acham que vida de bancário é “mole”, que o bancário trabalha de 11
às 16 horas em um sala com ar condicionado, usando terno e gravata e imaginam
que recebemos uma verdadeira fortuna para isso. Compreendemos que para os
padrões de nosso país, com os salários ridículos que a classe assalariada
recebe, essa visão equivocada é parcialmente aceitável, porém a realidade não é
assim. A categoria bancária no Brasil sofre com um dos piores salários da América
Latina (Fonte: Dieese), sendo pior
que os salários da Argentina e do Uruguai. Somos acometidos de doenças
ocupacionais devido às más condições de trabalho, extrapolação da jornada de
trabalho e inúmeros bancários sofrem de distúrbios psicológicos, causados pela
cobrança exagerada de metas, que a cada dia, se tornam mais abusivas.
Nós Brasileiros, somos todos um
pouco “Técnicos da Seleção”. Fazemos nossas escalações, criticamos quando o
time vai mal e vibramos quando tem uma boa atuação. O Banco do Brasil assumiu
uma política de redução nas taxas de juros, o que aumentou o número de
operações bancárias, sem que isso refletisse diretamente no aumento imediato de
contratações. Os funcionários compreendem que essa política favorece o nosso
país rumo ao desenvolvimento econômico e estão pagando um preço alto por isso.
Diante desse trabalho o Comentário feito pelo Sr Luiz Felipe Scolari ofende
diretamente uma categoria que luta pelo crescimento de nosso país, suportando
cargas excessivas que, como dito anteriormente, vem acometendo a categoria de
diversas doenças. Não poderíamos deixar de expressar nossa indignação com o
comentário que além de desrespeitoso foi extremamente inoportuno. Como disse o
Presidente da Confederação dos Bancários, Carlos Cordeiro, "Esperamos que ele não esteja tão desatualizado sobre futebol
quanto está sobre as relações de trabalho nos bancos".
SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE ITAPERUNA
E REGIÃO
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