segunda-feira, 29 de agosto de 2011

HSBC - "100" ESSA


HSBC


100 ESSA DE Melhores Empresas para Trabalhar



Banco HSBC entra no ranking das “100 Melhores Empresas
para Trabalhar”, mas realidade nas agências é bem diferente



Todos os anos, empresas de todos os segmentos respondem a uma pesquisa feita pela consultoria internacional Great Place to Work para verificar o nível de satisfação de seus funcionários. No final, é organizado o ranking das 100 Melhores Empresas para Trabalhar.

As empresas costumam divulgar seus resultados neste ranking com alarde. Este ano, o Grupo HSBC Brasil se empenhou em colaborar – a cerimônia de premiação até aconteceu no HSBC Brasil em São Paulo. O banco também se empenhou em divulgar os resultados, colocando na página principal do seu site a informação de que o HSBC entrou no ranking e que o resultado é “uma conquista de todos os nossos colaboradores, que fazem do HSBC um grande banco em todos os sentidos”.

Melhor mesmo?

Para os bancários do HSBC, o resultado divulgado surpreende. O banco é um dos campeões em ocorrência de LER/DORT e transtornos mentais, provocados por um ritmo de trabalho intenso e pela prática de assédio moral, causados pela cobrança de metas abusivas e inatingíveis. Numa empresa em que o número de funcionários é insuficiente e a rotatividade é muito alta, os afastamentos por doença são frequentes. Aliás, a rotatividade do HSBC no Brasil é mais alta do que em todos os outros países onde o banco atua. Como uma empresa pode ser boa para trabalhar se provoca o adoecimento de seus empregados e aposta na rotatividade para rebaixar salários e cortar custos?


Lucro x rotatividade

Foi anunciado esta semana que o lucro do HSBC no Brasil chegou a R$ 611,9 milhões, um resultado 44,25% maior que o atingido no mesmo período do ano passado. Segundo o próprio banco, é o quarto melhor resultado do grupo no mundo. Este lucro é gerado pelos empregados que, mesmo com péssimas condições de trabalho, se esforçam para cumprir as metas estabelecidas, apesar da falta de reconhecimento e motivação.

Mas, mesmo com este empenho, ninguém tem garantia de emprego. O HSBC criou 605 novos postos de trabalho, mas este número é resultado da diferença entre as 1.957 contratações e as 1.352 demissões. A maioria das dispensas é de funcionários antigos, com salários mais altos. Os novos contratados são, na sua maioria, jovens, com vencimentos rebaixados, ou bancários oriundos de outros bancos com salários mais elevados que os empregados atuais de mesma função.

Valorização dos funcionários

Uma empresa está entre as 100 melhores para trabalhar não pode ter uma política de pessoal como a que o HSBC vem adotando no Brasil. Para se ter uma ideia, o programa próprio de remuneração variável do banco, o PSV, acaba de ser alterado. O banco mudou a regra de pagamento e suspendeu a parcela que seria paga agora em agosto. Para o Sindicato, a melhor forma do banco se tornar uma empresa boa para trabalhar seria adotando práticas de valorização de seus funcionários.


Melhor para quem?
Federação dos Bancários do RJ/ES e Sindicatos filiados

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